sábado, 30 de junho de 2007

LucasArts e o The Dig....

Certa vez um amigo meu chamado Guilherme me emprestou um CD – OEM (Lembram disso? Se bem que isso existe até hoje. São CD´s que acompanham um hardware e não podem ser revendidos). O CD era de um Jogo chamado “The Dig”. Olhei o CD e tal... Não achei lá grandes coisa... Levei pra casa e instalei (isso táva até ficando muito comum...)



The Dig foi baseado num roteiro de Steven Spilberg. Mais tarde descobri que o jogo teve três adaptações a qual a última, feito por Orson Scott Card transformou-se no Game. Foi lançado pela LucasArts e se transformou num fenômeno (daquela época). A história é bem parecida com o inicio do filme “Impacto Profundo”. Um meteoro se aproxima da terra e a NASA (como sempre) tenta livrar a terra do problema. Uma tripulação de 5 pessoas: 3 astronautas (um deles o capitão e personagem principal chamado Boston, 1 repórter (Maggie) e 1 cientista (Ludger Brink) foram selecionados. Eles então enviam a nave ao tal Asteróide para tentar, com cargas explosivas, altera seu curso e evitar o choque com a terra. Durante a operação os astronautas acham várias “passagens” no interior do asteróide... Lá dentro, os astronautas descobrem várias placas na forma de objetos geométricos... Após inserí-los em uma espécie de quadro, o asteróide começa a se mexer! Um campo de força na forma de um hexágono se forma e um buraco no espaço tempo se abre levando vocês um local na galáxia não conhecido ou mapeado! O asteróide (agora na verdade se descobre que era uma Nave) desce na superfície e daí começa sua verdadeira aventura.

Ao chegar no planeta você começa a descobrir que ele está “desabitado” a algum tempo... Muitas das formas dos ex-habitantes do planeta se comunicarem são atravéz de formatos geométricos. As “chaves” das portas por exemplo são varetas (chamadas de “Rods”) com 4 formas geométricas cada. Durante o jogo você visita várias “instalações” onde se desenrola a aventura (e o melhor de tudo, a história daquele povo alienígena). Temos um Museum, uma Biblioteca, uma Central de Comando Submarina e um Gerador de Energia dentre outros lugares. Conforme você visita esses pontos, você aprende que aquele planeta (no passado) foi visitado por uma outra raça de Aliens. Esses “visitantes” trouxeram ao povo alienígena oriundo do planeta um conhecimento maravilhoso! A vida após a morte. Sabe como? Os “visitantes” explicaram que eles tinham um Cristal gelatinoso cujo conteúdo era rapidamente absorvido pelo organismo. Após a assimilação o coração voltava a funcionar, oxigenando o cérebro e os orgãos vitais.

O que os “visitantes” no entanto não contaram era que quando a pessoa ressusitava ela não retornava da mesma forma... Ela se tornáva mesquinha, egoísta e irada. Houve uma guerra entre vivos e “ressucitados” que desimou o planeta... Todos morreram!


Todos? Hum.....

Maggie era a única com experiências linguísticas então ela aprende o “alfabeto” dos alienígenas oriundos do planeta. Ela descobre que existiu um líder que desapareceu quando a guerra acabou. Ele se trancou numa caverna na esperança de ser um único sobrevivente para contar a alguém um dia o que realmente aconteceu. Mas os milênios passam e ele morre de idade avançada trancado dentro da própria prisão que ele criou. Quando eles o encontram, utilizam o Cristal nele... Ressucitado, ele explica que nem os cristais conseguem mantê-lo vivo por mais que alguns minutos devido a sua idade milenar... Mas é o suficiente para ele explicar a Maggie e Boston o que acontecera no planeta e como eles podem tentar sair de lá.

Vou parar de contar aqui para não estragar o restante da história que se desenvolve muito mais! (acho até que já falei demais).

O Jogo utilizava gráficos que tinham o fundo “pintado” com aquarela e digitalizados para se obter efeitos de luz, sombra e movimento. O resultado foi surpreendente para a época (os gráficos ficaram bem melhores que Full Trotthle, lançado também pela LucasArts no mesmo ano). A interface do jogo utilizava um sistema de manipulação de objetos bem simples... Era só chamar o Inventário (com o símbolo do “i”) e clicar no objeto. Depois levá-lo até a cena no jogo e clicar novamente. The Dig foi uma das melhores experiências no gênero “Adventure Games” que tive! (Claro que alguns puritanos irão dizer que Maniac Mansion e Day of the Tentacle foram bem melhores). Em parte concordo que Day of the Tentacle pode até ter sido “comparável” a The Dig em termos de popularidade e adoção mas preferi The Dig pela sua empolgante história (até porque Day of the Tentacle era comédia enquanto The Dig era puro suspense e ficção).

Nota 10 ! Um clássico para nossa memória !

2 comentários:

Anônimo disse...

Nenhum comentário no THE DIG ??? Pôxa... ninguém jogou ele ?

Unknown disse...

Muito bom seu blog!gostei muito dessa materia!otimo trabalho.

Abraços