sexta-feira, 20 de julho de 2007

Heresias e Machados.

Heretic foi uma criação da RAVEN Software utilizando a tecnologia da ID Sofware para cirar um game no estilo de DOOM, mas que fosse temático. O tema sería um universo de fantasia medieval no qual a terra foi tomada por monstros e você devería tentar libertar a todos. Heretic tinha jogabilidade idêntica a doom (os “objetos” do jogos eram exatamente iguais – Interfaces, gerencimaneto de ítens e tal...) Somente mudava-se o estilo e as imagens exibidas. No início do Jogo vocÊ podía escolher entre três classes: Fighter (Lutador), Clerig (Clérigo) ou Mage (Mago). Essas escolhas afetavam basicamente os ítens que você tería a sua disposição no caminho do Jogo. Eram apresentadas algumas estatísticas específicas de cada personagem (como num RPG) mas raramente faziam diferença.


Heretic foi um enorme sucesso que inspirou uma sequência igualmente lucrativa, HEXEN. Hexen era “novelesticamente” a sequência de Heretic. Utilizava uma engine mais aprimorada mas que visualmente não parecia ser muito inovadora. O único diferencial de Hexen era que a música era bem melhor. Ambos os jogos eram bem extensos (cerca de 4 horas para terminar os dois juntos, pra época era muito). Hexen foi o primeiro jogo da ID Sofware a ser portado para 5 plataformas diferentes: Dreamcast, Sega Saturn, N64, PC e o Nintendo DS.

John Romero foi o responsável por licenciar a tecnologia de Carmack para produtoras criarem jogos com ela. A tecnologia era criada utilizando C+ e Assembler. Construída orientada a “Objetos” mas utilizando ainda estruturas de códigos muitos mais voltada a “eventos”. Ela era facilmente customizável, facilitando as modificações pelas empresas. A RAVEN foi uma das primeiras a abraçar a tecnologia da ID Software. Acabaram se tornando “parceiros” da ID, tendo acesso privilegiado a todas as tecnologias. (A RAVEN mais tarde viria a criar o maior sucesso de 2006, QUAKE 4 na Engine de DOOM3).

Uma continuação de Hexen foi lançada aqui no Brasil. Batizada de “Hexen II” o jogo era praticamente um Hexen vestido da Engine do Quake II. Hexen II tinha também outro detalhe que perturbava as pessoas que se dispuseram a jogá-lo: Em meados de 1996 começou-se uma discussão sobre “A Arte nos Video-Games”. Isso veio muito encarnado em Hexen II. Os primeiros níveis tinham centenas de objetos (copos, pratos, carroças) que podíam ser destruídos ou mexidos. As primeiras quatro fases ao todo tinham praticamente só 10 inimigos e os mapas eram enormes. Resultado: O Jogo ficou inicialmente chato e cheio de besteiras que você ficava “tropeçando” ou ficava “preso”. Um desperdício de talento e dinheiro... Hexen II podía ter sido bem mais do que foi. Mas no conjunto ele merece um lugar no nosso Blog.

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